RISCOS SÃO OPORTUNIDADES PARA AS EMPRESAS PROATIVAS

Postado em 31/07/2013 | Autor: proatividade

Empresas proativas lidam bem com o risco. Elas sabem que antecipar mudanças no mercado exige assumir certos riscos e por isso se preparam melhor, driblam a “falácia da segurança” (falaremos sobre isso adiante) e partem para a ação. Sabemos que muitas estratégias não saem do papel justamente porque os executivos hesitam e acabam vitimados pelo que chamamos de “miopia do risco”:  só conseguem enxergar o que a empresa pode perder e deixam de vislumbrar os eventuais ganhos na tomada de decisões mais arriscadas.

Pense bem: é comum fazer apostas no mundo das estratégias de mercado. Aposta-se no lançamento de um novo produto, na mudança de um modelo de distribuição, no resultado de uma promoção de vendas. Aposta- se em novas alianças com parceiros de negócios, na fidelização de clientes e na construção de marcas. Cada aposta traz consigo um nível de riscos, uma parcela de incerteza que escapa às planilhas de cálculos e projeções.  É quando a empresa deve gerenciar a incerteza para assumir o risco.

Reflita sobre isso: “assumir riscos” é algo bem diferente de “correr riscos. Assumir um risco demanda preparo técnico e disposição, enquanto correr um risco exige apenas ousadia ou coragem. Considere a façanha de Ayrton Senna no circuito de Donington, na Inglaterra, em 1993. Posicionado em quarto lugar no grid de largada, correndo com pneus lisos sob uma inesperada chuva – que despencou minutos antes – Senna fez manobras excepcionais e, antes do término da primeira volta, já estava na ponta, deixando um jato de água na viseira dos pilotos que largaram na dianteira.

O que Senna fez foi superar a falácia da segurança, ou seja, não teve uma postura defensiva diante do risco de pilotar em pista molhada e com pneus lisos. Ele partiu firme para o ataque aos rivais, dirigindo no limite, mas domando o carro com notável destreza. De fato, Senna estava muito bem preparado para assumir esse risco: é notória a sua capacidade técnica de pilotar em tais condições, fruto de incansáveis treinamentos em pistas molhadas. Além disso, Senna turbinou sua performance com uma forte determinação de vencer, um traço marcante de sua personalidade.

Considere o feito de Senna e reflita sobre as posturas que os executivos de sua empresa têm assumido diante de riscos. Para contribuir com essa reflexão, aqui vão algumas dicas úteis que ajudam a  empresa a superar a falácia da segurança:

  • Concentre-se no que a empresa pode perder se não assumir o risco. Deixar de ganhar é também uma forma de perder. A Kodak amargou essa perda ao temer canibalizar-se diante da tecnologia digital. Hoje, a empresa enfrenta uma concordata e vende patentes engavetadas para fazer caixa. E já nos deixa saudosos da famosa caixinha amarela dos filmes Kodak.
  • Riscos são oportunidades e não devem ser percebidos apenas como uma ameaça – o lado inibidor de comportamentos na gestão da incerteza.
  • Crie uma cultura de risco compartilhado entre os principais executivos da empresa. Isso estimula a cooperação e a divisão de responsabilidades, encorajando a tomada de risco.
  • Recompense atitudes positivas diante do risco. Sem estímulos para assumirem os riscos do negócio, os executivos caem na chamada “zona de conforto” e serão vítimas da falácia da segurança.

Para ganhar a corrida da proatividade de mercado toda empresa precisa de bons pilotos, capazes de conciliar “braço” (competência técnica, preparo) com “garra” (determinação, ousadia). Por isso, o feito de Senna nos ensina muito.

 



Uma Resposta para “RISCOS SÃO OPORTUNIDADES PARA AS EMPRESAS PROATIVAS”

  1. Curso chora ou vende lenços

    Quero parabenizar você pelo seu artigo escrito, sou Kamila de Oliveira e gostei do seu site, muito bom vou acompanhar o seus artigos.

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