SUA EMPRESA ANTECIPA O FUTURO OU SÓ DEFENDE O PASSADO?

Postado em 14/12/2016 | Autor: Proatividade Mercado

Novos modelos de negócios, muitas vezes, podem ser devastadores. Pense no negócio de locação de filmes depois de Netflix, no mercado de transporte individual de passageiros depois de Uber, ou no setor de hotelaria após a chegada do Airbnb. Esses três modelos de negócios disruptivos estão desafiando o status quo de indústrias estabelecidas há décadas. Na prática, a inovação disruptiva acontece assim: ela cria um novo mercado, atrai novos usuários e rouba clientes das indústrias tradicionais.

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Ofertas são apenas plataformas para entregar benefícios: uma vez que a plataforma muda, a sua oferta poderá entrar em colapso. Por maior que seja a qualidade, liderança de mercado ou o poder da marca que ela tenha. Pense no que aconteceu com Kodak diante do advento da fotografia digital; ou com a Nokia, após a Apple inovar com o conceito de smartphone (veja box). Como sempre dissemos: “não adianta ser bom naquilo que o mercado não quer mais”.

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NOKIA e KODAK: TRAÍDAS PELA DEFESA EXCESSIVA

A defesa de mercados é uma estratégia útil e válida, como quando uma empresa vê seu market-share ameaçado pelo ataque da concorrência. O problema é quando essa estratégia de retranca cega a empresa para a mudança radical que se avizinha no horizonte. Foi o que aconteceu com a KODAK, ícone da fotografia que ficou presa ao negócio da fotografia analógica, em detrimento do “boom” da tecnologia digital. A KODAK quis defender sua liderança absurda de mercado a qualquer preço (chegou a ter 90% do mercado de filmes). Pagou o alto preço disso. O mesmo que se sucedeu com a NOKIA, que antes do advento dos smartphones pela Apple, detinha 2/3 do mercado mundial de telefones celulares convencionais. Um mercado no qual a empresa ficou agarrada até sucumbir.

 

Empresas proativas têm seu radar sempre voltado para o modelo de negócio vigente, avaliando sua perenidade em médio-longo prazo. A pergunta por detrás dessa análise é simples: “o modelo de negócio de nossa indústria será válido daqui a três anos ou menos? ”. Trata-se de uma indagação que volta os olhos da empresa para o futuro, evitando o hábito reativo de tentar defender o modelo vigente (aquele no qual a empresa ancora o lucro do presente) a todo o custo. Apaixonar-se pelo modelo de negócio dominante pode ser algo muito perigoso.

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passado-x-futuro

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Pense no gigantesco mercado de vinhos. Há menos de vinte anos ninguém imaginava que um importante canal de distribuição nesta indústria seria a venda online. Ou que a compra por assinatura atrairia milhares de consumidores. Mudanças essas que foram justamente implantadas pela Wine.com.br, modificando sensivelmente o comportamento de compra de vinhos no mercado doméstico. Hoje, a Wine possui mais de 140 mil sócios no Clube W. A receita estimada da Wine, que também opera na venda online de cerveja, é de R$ 400 milhões ano, com mais de 300 mil clientes ativos.

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Antecipar a mudança, como vemos no exemplo da Wine, não significa prever ou adivinhar o futuro. Significa, sim, criar a mudança por conta própria, atuando sobre o comportamento e o funcionamento dos mercados. Empresas proativas não ficam obcecadas pela defesa do mercado atual, tampouco pelos lucros do passado. Ao contrário, elas reservam espaço na agenda estratégica também para a criação do futuro, balanceando as demandas do dia-a-dia com a elaboração de estratégias inovadoras.

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Em estratégia, aliás, serve muito bem o ditado: “muitas vezes a melhor defesa é o ataque”. Ter isso em mente, evita que a empresa se preocupe mais em cuidar do que já conquistou do que criar o que ainda não existe.

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E sua empresa: antecipa o futuro ou só defende o passado?



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