O “RAIO X” DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (PE): O “PE” DA SUA EMPRESA É PROATIVO?

Postado em 17/05/2013 | Autor: proatividade

Já falamos aqui sobre o Planejamento Estratégico Proativo. Ele difere do Planejamento Estratégico Tradicional por inserir o futuro na agenda estratégica da empresa. Fácil de entender, mas difícil de levar à prática. De fato, temos visto o PE ser tomado como uma simples ferramenta analítica do presente. Uma ferramenta reativa por natureza, voltada a construir estratégias que adaptem a organização às dinâmicas do meio. Por força disso, em nossos workshops e encontros sobre a Proatividade de Mercado, sempre analisamos como anda o PE das empresas em termos do equilíbrio Reatividade/Proatividade.  Chamamos esse procedimento de Raio X do PE, levando em conta cinco pontos básicos para essa análise. Veja a seguir como anda o PE da sua empresa em relação a essas cinco questões cruciais.

1. O FUTURO ESTÁ CONTEMPLADO NA DECLARAÇÃO DE VISÃO DA EMPRESA?

 A visão de futuro é um dos princípios fundamentais de toda organização. E, olha só o paradoxo: muitas visões de futuro não tratam realmente, “do futuro”. Elas exprimem questões como ser a melhor empresa ou como a organização quer ser reconhecida. Importante. Mas falta a muitas visões, no entanto, a ousadia de buscar construir o próprio futuro, de mudar a realidade. Como queremos que seja nosso setor daqui a 5 anos? O que estamos fazendo para que sejamos os condutores do mercado amanhã? Queremos ser os “rule breakers” do nosso segmento?

2. A ANÁLISE DAS OPORTUNIDADES E AMEAÇAS LEVA EM CONTA OS EVENTOS FUTUROS?

Oportunidades e Ameaças constituem o cerne do diagnóstico estratégico. E realmente é muito importante perscrutar o que o ambiente guarda de positivo e negativo para a empresa. O problema é que, na maior parte das vezes, essa análise acaba por se limitar ao presente, deixando de lado as ameaças e oportunidade latentes do futuro. O que não nos ameaça hoje, mas poderá ser ameaça daqui a 3 anos? Que oportunidades nos traria um mercado onde as regras fossem totalmente subvertidas? A análise do ambiente contempla as ameaças e oportunidades ainda tênues e quase imperceptíveis? Os sinais fracos que todo o mercado sempre envia?

3. O HORIZONTE DE TEMPO DO PE ULTRAPASSA O ANO FISCAL?

Temos visto como os PEs das empresas ficam encarcerados nos limites do ano fiscal. Um ano parece ser o tempo paradigmático e cabalístico do PE. Mas, por que tem que ser assim? Planos estratégicos realmente ousados transcendem o próximo ano, geralmente postando visões de futuro para além dos 3-5 anos. Mas as empresas realmente visionárias vão além, trabalhando horizontes de tempo de 5 ou 10 anos, e até além disso. Lembre-se: 365 dias, hoje, é um horizonte muito estreito em termos de planejamento estratégico.

4. O PLANEJAMENTO CONTEMPLA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS FUTUROS?

É raro encontrarmos empresas que trabalham a construção de cenários dentro do PE. O motivo, dizem os gestores, é que essa construção demanda muito tempo de aplicação, impraticável nesses tempos velozes e voláteis, onde os executivos não têm tempo muitas vezes nem para a operação do dia. Essa é uma verdade, concordamos, mas que não impossibilita o planejamento de cenários por completo. Existem hoje técnicas de construção de cenários rápidas e eficientes, que demandam muito menos tempo do que as tradicionais. E podemos garantir que os resultados tem sido animadores.

5. AS ESTRATÉGIAS CONSIDERAM A GERAÇÃO DE NOVAS OFERTAS E/OU NOVAS REFERÊNCIAS DE CONSUMO?

Estratégia, ao fim, é fazer diferente. O PE da sua empresa têm gerado, nos últimos anos, inovações de ruptura? Novos e inusitados produtos e serviços? As estratégias de mercado focam a mudança na preferência e nos hábitos dos consumidores. Lembre-se: diferencial competitivo não se consegue fazendo mais do mesmo, ou melhor. O estado da arte da estratégia é fazer o que nunca foi feito, o que ninguém sonhava pudesse ser feito. Pense no que tem feito a Intel no mercado de microprocessadores. A empresa tem sido capaz de fazer o que não existia, construindo estratégias proativas e não meramente voltadas a adaptar a empresa ao mercado. Seu último movimento proativo foi influenciar o surgimento de uma nova e promissora categoria de computadores pessoais – os ultrabooks – uma evolução dos tablets. Estratégias que somente visam proteger a empresa acabam saindo pela culatra. A perenidade de qualquer negócio passa, também, por estar na frente. Proativamente.

 



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